Resenha do livro Alguém para Abraçar
- Bia Isaac
- 12 de mai.
- 3 min de leitura
“É mais fácil fazer algo para alguém do que esperar alguém fazer. Pode-se esperar por uma eternidade, e mesmo se não for o caso, a coisa pode não ser feita tão bem quanto a própria pessoa faria. Sempre gostei de estar no controle. É mais fácil amar do que esperar ser amada ou confiar nesse amor, mesmo que ele for oferecido.”

Editora: Editora Charme
Autora: Mary Balogh
Sinopse: Humphrey Westcott, o conde de Riverdale, morreu, deixando uma fortuna e um segredo escandaloso que vão alterar para sempre a vida de sua família ― e mandar uma de suas filhas para uma jornada de autodescoberta...
Com o casamento de seus pais declarado bígamo, Camille Westcott agora é filha ilegítima e não tem mais título. Procurando evitar as armadilhas de sua antiga vida, ela deixa Londres para lecionar no orfanato de Bath, onde vivia sua meia-irmã recém-descoberta. Porém, enquanto ainda está se ambientando, ela deve posar para um retrato encomendado por sua avó e suportar um artista que a irrita e a deixa com os nervos à flor da pele.
Um professor de arte no orfanato que um dia foi seu lar, Joel Cunningham foi contratado para pintar o retrato da nova professora esnobe. Mas, quando Camille posa para Joel, o desprezo mútuo logo se transforma em desejo. E é apenas o vínculo que existe entre eles que lhes permitirá resistir à forte tempestade que se avizinha...
Alguém para abraçar é o segundo livro da série dos Westcott, da autora Mary Balogh. No primeiro, tivemos a revelação de que Anna, uma mulher que cresceu em um orfanato, é na verdade filha do falecido Conde de Riverdale. Este, cometeu um casamento bígamo, e quando o escândalo veio à tona, seus filhos, que antes eram reconhecidos pela alta sociedade, viraram bastardos e perderam toda a fortuna.
Assim, acompanhamos a jornada de sua filha mais velha, Camille, que vai em busca da sua independência, não querendo mais viver às custas de ninguém. Com uma mudança drástica, ela decide trabalhar como professora no mesmo abrigo em que sua meia-irmã cresceu, mas como nunca teve que se sustentar na vida, enfrenta muitas dificuldades na sua nova realidade, e uma delas é conseguir lidar com seus sentimentos.
Lá ela conhece Joel, um artista talentoso e professor de artes do orfanato. Reconhecido recentemente pela autenticidade de seus quadros, ele recebe muitas encomendas e uma delas é da avó de Camille, que deseja ter um retrato da neta. Ao interagir com a jovem, tanto dividindo o espaço de trabalho, como no processo de pintura, ele começa a perceber que ela, vista como uma pessoa muito dura, na verdade tem uma grande personalidade e se esconde dentro das suas barreiras emocionais.
Mesmo sendo de personalidades e criações completamente diferentes, o romance dos dois é traçado com muita delicadeza e leveza, e é possível acompanhar seus bloqueios caindo um por um. É muito bonita a relação que Camille, independente da sua frieza, cria com as crianças, e como ela consegue criar um vínculo muito rápido com elas.
No fim, é uma história não só sobre o amor que você pode dar aos outros, mas também sobre se permitir e deixar que os outros te amem. Com personagens muito bem construídos, Mary Balogh nos leva por essa montanha russa de emoções, fazendo-nos ficar com o coração apertado por personagens que nem são reais.
Para quem se interessa por romance de época, essa é uma série que agita a sociedade aristocrata britânica e nos traz diversas histórias com pessoas muito diferentes umas das outras. São muitas surpresas ao longo das páginas, recomendo muito a leitura.

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