Resenha do livro O Clube do Crime das Quintas-Feiras
- Bia Isaac
- 9 de abr.
- 3 min de leitura
“Nessa vida precisamos aprender a contar os bons dias. É preciso colocá-los no bolso e levá-los sempre conosco.”
Editora: Intrínseca
Autor: Richard Osman
Sinopse: Toda quinta, em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra, quatro idosos se reúnem para ― segundo consta na agenda da sala de reunião ― discutir ópera japonesa. Mas não é bem isso que acontece ali dentro. Elizabeth, Ibrahim, Joyce e Ron usam o horário para debater casos policiais antigos sem solução, confiantes de que podem trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas daquelas atrocidades do passado.
Com todos os integrantes acima dos setenta anos, o Clube do Crime das Quintas-Feiras não é a equipe de detetives mais convencional em que se conseguiria pensar, mas com certeza está mais do que acostumada a fortes emoções. Afinal, Joyce foi enfermeira por décadas, Ibrahim ajudou pacientes psiquiátricos em situações dificílimas, Ron era um reconhecido líder sindical e Elizabeth... bom, digamos que assassinatos e redes de contatos sigilosas não eram nenhuma novidade para ela.
Quando um empreiteiro local com projetos bastante questionáveis na cidade aparece morto, o grupo tem a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual. Apostando em seus semblantes inocentes e habilidades investigativas estranhamente eficazes ― além de trocas de favores clandestinas com a polícia, que, apesar de todos os esforços, parece estar sempre um passo atrás de seus colegas amadores ―, os quatro amigos embarcam em uma aventura na qual as mortes do presente se entrelaçam com antigos segredos, e em que saber demais pode trazer consequências perigosas.
O clube do crime das quintas-feiras conta a história de quatro idosos, moradores de um retiro para aposentados na Inglaterra, que criam um clube para solucionar crimes. Elizabeth, Ibrahim, Joyce e Ron se reúnem todas as quintas-feiras na sala de montar quebra-cabeças, com a desculpa de discutirem ópera japonesa. Cada qual com sua personalidade única, eles tentam desvendar crimes que não tiveram solução no passado.
Quando um empreiteiro local aparece morto, os amigos têm a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual. Eles utilizam seus semblantes inocentes e atributos que adquiriram durante a vida para ir atrás de pistas, sempre um passo à frente da polícia. Ao decorrer dessa “aventura”, mais mistérios começam a surgir, junto de novas mortes que se entrelaçam com segredos antigos, resultando em consequências perigosas para todos os envolvidos.
Eu poderia escrever esta resenha de diversas maneiras, mas como a escrita de Richard Osman é rápida e sucinta, decidi seguir o mesmo caminho. Em poucas palavras ele consegue trazer personagens extremamente interessantes e carismáticos à vida. E a velocidade da história, por mais que incomode alguns, foi crucial para tornar as situações sérias mais leves, além de nos proporcionar mais pontos de vistas de diferentes acontecimentos.
Neste livro, tivemos o destaque pessoal de Joyce, uma enfermeira que mora sozinha em um apartamento pago pela sua filha. Por ser uma pessoa muito doce, muitos subestimam sua inteligência em usar a gentileza a seu favor. É desse jeito que ela vira uma pessoa essencial na investigação, já que todos se sentem confortáveis em se abrir com ela.
Para quem gosta de mistérios, mas não curte muito a tensão ou obscuridade de algumas histórias, esta leitura é uma ótima escolha. É muito fácil se sentir dentro das páginas, participando desse grupo excêntrico e magnético. Foi como fazer parte da turma do fundão, quebrando regras e se divertindo no processo.
Comentários